Entenda o caso e descubra como evitar esse risco que toda empresa passa hoje
1. O caso BYD: quando a terceirização mal gerida se transforma em pesadelo jurídico
Recentemente, a multinacional chinesa BYD, que está construindo uma fábrica em Camaçari (BA), foi processada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por suspeita de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão. A acusação surgiu após uma operação de fiscalização que encontrou mais de 200 trabalhadores chineses em condições degradantes, alojados de forma insalubre, com retenção de passaportes e salários parcialmente pagos.
Apesar de a execução da obra ter sido terceirizada para as empresas JinJiang Construction Brazil e Tecmonta, o MPT não hesitou em acionar a BYD na Justiça, pedindo uma indenização de R$ 257 milhões por danos morais coletivos, além de multas de R$ 50 mil por cada infração constatada. A acusação tem base na responsabilidade solidária que pode recair sobre a contratante, mesmo que não tenha participado diretamente das violações.
2. O caso do cantor Leonardo: um exemplo semelhante
Este caso lembra o que ocorreu com o cantor Leonardo, que também foi responsabilizado por uma situação de trabalho análogo à escravidão. Na ocasião, ele havia firmado um contrato de arrendamento de terras que previa a entrega da propriedade preparada para a plantação. A empresa terceirizada contratada para executar o serviço violou direitos trabalhistas e expôs trabalhadores a condições degradantes.
Mesmo sem ter relação direta com a contratação ou gestão desses trabalhadores, Leonardo acabou sendo responsabilizado solidariamente. Assim como no caso da BYD, o risco jurídico decorreu da falta de gestão e fiscalização adequada sobre a atuação dos terceiros envolvidos.
3. A responsabilidade solidária: um risco real e concreto
A responsabilidade solidária ocorre quando a contratante — mesmo não sendo autora direta da violação — responde pelos danos causados, especialmente quando há terceirização ou subcontratação de serviços.
Nos casos de trabalho análogo à escravidão, a Justiça brasileira aplica a teoria da responsabilidade solidária com rigor, entendendo que quem se beneficia economicamente da atividade deve garantir que ela ocorra dentro dos parâmetros legais e constitucionais. Assim, empresas como a BYD, ou mesmo pessoas físicas, como o cantor Leonardo, são chamadas a responder judicialmente, muitas vezes de forma milionária.
4. Os prejuízos vão muito além da multa e da indenização
No caso da BYD, o pedido de indenização alcança R$ 257 milhões, além das multas administrativas de R$ 50 mil por infração, que podem se multiplicar conforme o número de trabalhadores atingidos.
Porém, o impacto vai além do financeiro:
- Prejuízo à imagem e à reputação: uma marca global como a BYD passa a ser associada à exploração de mão de obra, afetando sua credibilidade perante consumidores e investidores.
- Perda de oportunidades comerciais: parceiros comerciais e órgãos públicos podem romper contratos ou evitar novas parcerias.
- Desvalorização no mercado: ações e ativos podem sofrer desvalorização.
- Processos judiciais e administrativos: além do MPT, órgãos como o Ministério do Trabalho e Justiça do Trabalho podem impor novas penalidades.
- Custos com reparação e adequação: mesmo após o processo, haverá custos adicionais para readequar contratos, políticas e processos internos.
5. A importância de um contrato bem elaborado e bem gerido
O erro comum nesses casos está na superficialidade contratual: cláusulas genéricas que não preveem mecanismos de fiscalização e responsabilização clara do contratado. Não basta transferir a execução do serviço — é essencial prever no contrato:
- Obrigações específicas de respeito às leis trabalhistas.
- Penalidades claras para o descumprimento.
- Previsão de auditorias e fiscalização periódica.
- Garantias contratuais e securitárias.
Além disso, a gestão do contrato é responsabilidade contínua do contratante, que deve monitorar a execução e manter registros que comprovem a diligência.
6. Como um escritório de advocacia especializado pode ajudar?
Escritórios de advocacia com expertise em mão de obra terceirizada desempenham papel fundamental:
- Estruturam contratos sólidos, com cláusulas preventivas e garantias.
- Orientam sobre boas práticas de fiscalização.
- Realizam auditorias jurídicas periódicas para detectar riscos.
- Atuam preventivamente na conformidade com as leis trabalhistas.
- Defendem a empresa em processos judiciais ou administrativos.
Mais do que redigir contratos, o escritório passa a ser um parceiro estratégico na gestão de riscos.
7. O que fazer para evitar esse tipo de problema?
- Due diligence rigorosa antes de contratar terceirizados.
- Exigir certidões negativas e comprovação de regularidade trabalhista.
- Estabelecer cláusulas claras sobre obrigações sociais e ambientais.
- Implementar programas de compliance trabalhista.
- Realizar fiscalização ativa: visitas técnicas, relatórios e auditorias.
- Ter suporte jurídico permanente para orientar e ajustar práticas conforme a evolução da legislação.
8. Benefícios de contratar um escritório especializado em contratos e no seu setor
Contratar um escritório especializado não é um custo, mas um investimento em segurança e tranquilidade jurídica. Entre os benefícios:
- Contratos robustos e bem estruturados.
- Prevenção de litígios trabalhistas e civis.
- Redução de passivos ocultos.
- Proteção da imagem e reputação.
- Apoio estratégico para decisões de negócios.
- Conhecimento aprofundado do mercado e das práticas do setor da empresa.
Cada segmento tem riscos específicos — um escritório que conhece o mercado do cliente oferece soluções personalizadas e mais eficientes.
Conclusão
O caso da BYD mostra que todas as empresas estão expostas ao risco da responsabilidade solidária, principalmente em ambientes de terceirização. Prevenir é sempre mais barato e seguro do que remediar. Um contrato bem feito, bem gerido e respaldado por uma assessoria jurídica especializada pode ser a diferença entre a continuidade tranquila dos negócios e um desastre jurídico e reputacional.
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